sexta-feira, 8 de março de 2013

MULHERES


  
Para todas as mulheres!

        Hoje, para homenagear e discutir o papel da importância da mulher na sociedade atual, fazendo viva-memória de um massacre ocorrido em 1857, em Nova Iorque, quando aproximadamente 130 mulheres, em greve por melhores salários e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho foram trancadas na fábrica e morreram carbonizadas, estou me recordando de quantas vezes eu precisei explicar a respeito de um período histórico denominado de Idade Média, sobretudo da perseguição às mulheres sob acusação de bruxaria.
       Era fácil acusar a mulher por bruxaria. Saber o porquê?  Até mesmo o simples conhecimento milenar, passado por tantas gerações a respeito de remédios caseiros, plantas que curam, fórmulas de um tempo que não tem registro, são exemplos de motivos de sobra para um reles inquisidor de província ganhar destaque. Na verdade, essas mulheres-mártires eram sacerdotisas.
Dentre algumas mulheres caiçaras, que mereceriam o título de sacerdotisas, estou pensando nas tias Aninha e Maria Mesquita, na dona Josefa e na dona Maria Pitiá. O que aconteceria a elas na “Idade das Trevas”? Como se viraria tanta gente que se valeu das suas benzeções e receitas curativas?
Todas foram sacerdotisas do meu povo, mas suas raízes estão longe, nos primórdios, quando as divindades eram femininas. No influência do sagrado poder gerador de novas vidas, a mulher se inspirou para enfrentar as adversidades, mantendo a centelha da vida.
Essa centelha de vida exigiu criatividade e muito empenho. Infelizmente, pela astúcia masculina, desembocamos no modelo de sociedade que aí está, predominantemente machista.
O desafio, então, é de se esforçar para tentar diminuir até terminar de vez com o preconceito e a desvalorização da mulher.
Viva a minha Gal! Viva a minha Má!
        Viva o Dia Internacional da Mulher! 

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