quinta-feira, 7 de junho de 2012

MORADORES E PARCEIROS (II)


Assistir ou interferir?

Em tempo de tanta discussão a respeito do meio ambiente, que tal pensar na preservação daquilo que herdamos em boas condições?


Questões:

1- Como ficará a situação dos migrantes (temporários e permanentes) enquanto adversas ao ambiente natural local? Estão fadados a serem destruidores, desequilibrarem o pacto entre a natureza e o homem ?

2- As imposições econômicas, geradas a partir das necessidades artificiais, ou mesmo das essenciais, consideram a natureza como parceiras? Pensam em preservá-la?

3- Os caiçaras tradicionais e os quilombolas continuam fiéis ao pacto feito com a natureza ou renegam seus saberes tradicionais/ancestrais ? Respeitam a sacralidade do meio privilegiado em que se fizeram parceiros-viventes? Ou se corromperam pela lucratividade despudorada, “onde até vender a própria mãe é permitido”, conforme dizia  o finado Santinho Barreto, da Enseada?

4- A  zona histórico-cultural está também em Ubatuba. Mas onde concretamente? (Pode-se procurar no condomínio fechado, de  “alto padrão”, num bairro popular, num local onde grassa a miséria, nos limites da serra etc.).

                Há a necessidade de definir em leis as zonas histórico-culturais. Alguns locais precisam urgentemente alcançar tal status, senão serão depredados, totalmente descaracterizados. É preciso se importar com as gerações futuras. Isso se concretiza fazendo investimentos no presente.

                As gerações futuras precisarão da contemplação estética para viver. Em nosso município há esporões e pequenas planícies repletos de natureza que precisam ser resguardados, serem geradores de renda de uma forma não destruidora. Não será a especulação imobiliária, nem a ocupação desordenada  que garantirão continuidade do pacto imemorial entre homem e natureza. Enfim, tais zonas serão memoriais culturais de sobrevivência. Ou seja, dificilmente se viverá bem sem elas.

                Pose ser providencial pensar, entre outros casos, nas seguintes zonas: Galhetas – Caçandoca, Lagoinha –  Fortaleza, Ribeira – Sete Fontes (sem esquecer que os pescadores do Saco da Ribeira brigam por um espaço em sua praia), Prainha do Canto do Góis – Maria Godói, toda Ponta do Farol, Barra Seca – Saco da Mãe Maria, Puruba – Justa (se estendendo até a Serra da Bocaina).

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