![]() |
Remador - Arquivo Jairo |
De vez em sempre me pego pensando aonde a humanidade vai parar. De um lado avisto queimadas, de outro rios e mares sendo poluídos. Milhares de pessoas que nunca tiveram chances melhores na sobrevivência rodam o mundo revirando restos, são perseguidos e mortos. A ganância, travestida em bonitos discursos, garante a espoliação da classe trabalhadora. Países que se tornaram poderosos explorando outros países querem continuara fazendo o que sempre fizeram, sem se importar com o conceito de soberania. Parece que uma nova onda de opressão se fortalece seguindo o exemplo do genocídio palestino. "Quem sabe a Venezuela não possa ser outra versão da Faixa de Gaza? Quem sabe se, pela floresta amazônica e usando a alienação das pessoas, a gente não possa dominar o gigante Brasil?". Sim, eu acredito que o mal não é sozinho, é uma legião.
A gente conseguirá alcançar a vida, a merecida vida neste planeta? Nesta reflexão. lendo uma obra de ficção científica, um romance de Nicolelis, achei a seguinte animadora passagem:
"Não se esqueça, somos os herdeiros de um bando de primatas extremamente resilientes. Nossos antepassados cruzaram todo o planeta a pé em menos de cem mil anos para penetrar nichos ecológicos novos mesmo durante o último período glacial (...). Não houve obstáculo que conseguisse impedir que eles continuassem se movendo em busca de melhores condições de vida quando os seus cérebros lhes diziam que estas existiam, lá longe no horizonte ou no desconhecido muito além dele".
Pois é! Parece que algumas chaves devem ser usadas, servir como recurso para realinhar a nossa existência, ter esta terra como a Mãe Terra. Afinal, conforme disse Ailton Krenak:
" A gente só existe porque a Terra deixa a gente viver. Ela dá vida pra gente. Não tem outra coisa que dá vida. É por isso que a gente chama ela de Mãe Terra".
Portanto, a primeira chave é aprender com as comunidades tradicionais, pois elas garantem vidas nos mais diversos nichos ecológicos. E seja sempre bem-vinda a frase de Galeano nos momentos difíceis em nossas vidas:
"A utopia está no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Para que serve a utopia? Serve para isto: para que eu não deixe de caminhar".
Viva a utopia!
ResponderExcluirViva!
ResponderExcluir