quinta-feira, 12 de abril de 2012

PROCURANDO “JESUS” (II)

Olha o tamanho da folha do cafeeiro!


                Não é difícil encontrar o lugar onde “Jesus” tem moradia fixa. Basta subir a estrada principal do bairro Taquaral, indo até um entroncamento de onde se deixa a rua que homenageia a saudosa líder do lugar: a Maria Charleaux, a “Xana do Taquaral”. Depois, continua subindo, mas não muito. Pronto! Do lado direito, surge um caminho bem cuidado no meio da mata. Se embrenhando mais 50 metros, é possível avistar os simples chalés e os cachorros que ajudam o Toninho “Jesus” Suré a cuidar de um “pedacinho de céu”, onde a natureza nos tranquiliza porque está preservada.
                Conforme disse o Toninho: “Os chalés são simples, para acolher amigos. A minha segurança depende dessas pessoas que estão sempre próximas de mim. Elas me protegem, inclusive dos meus irmãos que se juntaram com políticos e doutores para desfazerem-se daquilo que nós herdamos. O meu avô, que veio da Alemanha, viveu 85 anos. Ele adquiriu esta propriedade que tem mais de 130 alqueires. Quem contou isto foi o meu pai, que viveu 127 anos”.
                Certamente que na área preservada tem espécies da flora e da fauna que nem foram catalogadas. Eu vi, por exemplo, pés de café totalmente diferentes dos que estou acostumado a ver nas minhas andanças: com folhas enormes e uma ramagem única. O Toninho falou que são plantas do tempo do avô dele.
                Continuando a caminhada em direção à cachoeira, os sons e luzes dão espetáculo. Ah! Notei que, no percurso do rio, vários canos levam água para outras moradias do bairro. Me perguntei: será que os usuários dessa água maravilhosa são aliados do proprietário, ou, conforme um dizer do Dico do Puruba, são “cobras prontas para darem botes”?

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