segunda-feira, 16 de abril de 2012

ADEUS IRMÃS DA CRECHE

        
                Em 1982 fui chamado pelo frei Pio para realizar uma reforma na edícula e no salão da ASEL (Ação Social Estrela do Litoral), na avenida Vasco da Gama, na Estufa (I). Havia pressa, pois algumas irmãs estavam prestes a chegar para desenvolver um trabalho assistencial com as crianças carentes do bairro. Era mais uma estratégia missionária do frei italiano que deixou a sua terra e neste município jaz.
                De fato, no local onde funcionava antes um programa denominado PLIMEC, logo chegaram as freiras (Franciscanas Missionárias de Assis) Flávia, Maria e Leninha. Nascia a Creche Francisquinho. Lá se vão 30 anos. E muitas outras religiosas passaram por lá.
                Quantas crianças não cresceram apoiadas pelas irmãs franciscanas e funcionárias?! Algumas eram dali de perto; outras vinham trazidas de longe. Não sei quantas dessas famílias souberam agradecer às freiras pela assistência dada.
                Paralelamente, nas comunidades da Estufa I e II e da Sesmaria, as freiras também agiam pastoralmente. Afinal, eram missionárias!
                No último domingo, dia 15 de abril, elas se despediram da nossa cidade, da comunidade católica da região da Estufa. Os fiéis sentiram muito, mas a missão delas aqui chegou ao fim. Quem aprendeu com elas também as manterá na memória, terá saudades de suas ações e reflexões. Quem não aprendeu, nem ao menos agradecerá pelos cuidados despendidos às nossas crianças. Agora, conforme o irônico Chico Lopes, "tudo ficará por conta do poder público municipal, sob os cuidados de profissionais contratados mediante concurso público. Você vai ver que maravilha!"
                Como despedida, fui fazer umas fotografias, principalmente de um trenzinho que, desde 1986, eu construí no parquinho das crianças. Só não tive coragem de dar um último abraço nas queridas irmãs.

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