quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

No Caminho do Cais (II)

                Depois de 1977, quando foi instalado pela SUDELPA (Superintendência para o desenvolvimento do litoral paulista) o atracadouro na praia do Saco da Ribeira, o fluxo dos barcos pesqueiros se transferiu para lá, deixando o cais novamente num marasmo, servindo apenas para a molecada mergulhar e para os pescadores amadores se divertirem com os “causos do Acari”. Depois passou a atrair também os turistas. Diante disso, o arquiteto Sidney Giraud, um caiçara da Enseada que tem parte com os imigrantes franceses de outrora, há pouco mais de dez anos, a pedido do prefeito Paulo Ramos, realizou um eficiente projeto de urbanização de toda a orla da Baía de Yperoig, inclusive a Estrada do Cais.
                A Estrada do Cais ganhou uma calçada pavimentada para os caminhantes e plataformas em diversos pontos da costeira servindo como mirante e para pesca. Hoje, dez anos depois, tudo se esvai, a ruína se estabelece por falta de cuidados e de manutenção, formando pontos que oferecem perigos aos visitantes. Isto é como se vivêssemos uma nova crise. Só que agora não tem nada a ver com revanche aos monarquistas. O mais correto é tratar como incompetência administrativa ou visão reduzida, própria de quem enxerga apenas os próprios pés.
                Faliu o empreendimento ferroviário; o barco é Amor Náufrago; a cidade está para ratos e mosquitos da dengue. Nada está concluído!

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