sábado, 23 de julho de 2011

Que caiçarada!!!


                   Num dia desses fui visitar os amigos Isaías e Alcina, pais do Júlio. Tomamos café com cará-roxo. Depois continuamos a conversa como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Depois, na despedida do portão, outra caiçara chega: Vanilda Balio. Que prazer!!!
                   De novo a prosa retomou: causos e pessoas foram lembrados. Também rimos bastante. De repente, um velho hábito se manifestou: o de recorrer aos vizinhos quando algo se fazia urgente. Explico melhor:  ao perguntar aos vizinhos se não tinha cheiro verde, Vanilda provocou reminiscências de tantos momentos, de tantos “empréstimos” tão comuns entre os caiçaras. Ainda lembro-me, como fosse hoje, dos tempos em que o Mingo, com um cestinho embaixo do braço, se dirigia à casa da Livina para pedir ovos, pois não queria o que a mamãe havia preparado como mistura.
                  A Livina atendia toda satisfeita; mais tarde as coisas se acertavam. A mesma, até os seus últimos dias, sempre recordava desse ato tão simples: um menininho com um cesto na mão perguntando se tinha ovos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário