domingo, 24 de julho de 2011

A casa no morro do cemitério



Leovigildo Félix morou com seus pais e irmãos numa casa no morro do cemitério da Maranduba durante alguns anos de sua infância e adolescência. Ali aconteciam algumas coisas estranhas. O local era deserto, mesmo assim o cachorro da casa vivia agitado, parecia que era provocado por alguém.
Ele conta que uma noite sua mãe Martinha resolveu ver o que  atormentava o cachorro que latia como um desesperado: espiou pela janela e viu que ele latia numa bananeira que ficava bem perto da casa. Então chamou um dos filhos: “Chico, vem comigo. Vamos ver o que tá perturbando o cachorro. Deve ser gambá entre as bananeiras”. Enquanto isso o cachorro latia e pulava, rodeando a bananeira. Já tinha arranhado todo o caule da planta e parecia querer pegar alguma coisa que via.
Chegaram perto, olharam bem dando uma volta em torno do lugar e não viram nada. O que tinha ali somente o cachorro estava vendo: “coisa boa não era”. Então dona Martinha chamou o filho para dentro de casa e, quando estava na porta, ela assobiou, chamando o cachorro, que continuava na refrega. Nesse momento, um assobio forte veio como resposta exatamente da bananeira, seguido de outro e mais outro. Aí, ela se benzeu e entrou.

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