segunda-feira, 12 de novembro de 2012

UMA RESTINGA FANTÁSTICA

Praia da Lagoa - Fonte: Google

                Diógilei Trada, da cepa caiçara dos Zacarias, tem buscado conhecer mais sobre a nossa terra. Que bom!
       Hoje, para contribuir com ele e outros, dou algumas dicas sobre a Praia da Lagoa que, até o começo da década de 1980, vivia praticamente isolada. A partir da divisa sul (Canto das Galhetas), é a quinta praia de Ubatuba. É uma praia profunda, de tombo. Bem preservada, lógico! Por isso que caberia às secretarias de Turismo e/ou Meio Ambiente uma atenção especial. Por mim, tudo aquilo, desde a Caçandoca, seria tombado como Reserva Caiçara.
                O terreno, desde a bifurcação do caminho para a Praia do Simão (ou Brava do Frade), abriga importantes vestígios do nosso passado colonial. As minhas fontes são as antigas rodas de causos, mas temos a vantagem de constatar in loco os sinais que atestam as narrativas dos nossos antigos.
                Logo no começo estão os paredões de uma grande represa.  Até o rio da Aguda foi desviado para a formação de um grande lago no local.
                Acompanhando o acesso à praia, logo acima do barranco, corre uma valeta quase imperceptível, por onde seguia a água que movimentava a roda d’água na casa grande. De acordo com os nossos antigos, ela resiste até hoje porque foi revestida de alcatrão. A  quanto tempo!!!
             Na letra A está a ruína da sede relativamente bem demarcada, mesmo que ocupada por grandes árvores. É bom reparar bem no poço da roda. A letra B ajuda a localizar as colunas de acesso à sede. É um conjunto interessante, que resiste às depredações. O ponto C demarca onde, de acordo com o Aristeu, era a enfermaria da fazenda. Na margem da lagoa está o ponto D assinalando o local do grande  rancho para abrigar as canoas do fazendeiro. O ponto E é o rico mangue, onde se pode degustar o fruto da corticeira. Quando maduro, o interior da fruta que parece uma graviola miúda, tem um tom alaranjado muito atraente e um sabor agradável. Já a letra F assinala o ponto de fechamento da barra (ocorre duas vezes por ano) e o início do Caminho de Servidão da Pedra do Frade, um dos marcos da Fazenda Lagoa.

Um comentário:

  1. Legal José Ronaldo.É muito bom sabermos mais sobre nossa região!Um abraço!

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