sexta-feira, 26 de setembro de 2025

SENTIR A BELEZA

 


Arte Di Vicencio - Arquivo JRS 


  Creio que nascemos vendo e sentindo a beleza. A ternura da mãe, o seu olhar e sorriso nos acolhem num primeiro momento, no clarão da vida. Em seguida, o pai, todos os familiares, as visitas... Enfim, uma comunidade que acolhe, direciona cada novo ser e vai revelando as muitas nuances da beleza.

  A beleza externa de cada um também varia com a sensibilidade estética de cada um, com padrões definidos em uma determinada sociedade. E a beleza interna, aquela que motiva a vontade de viver, de não excluir ninguém da vida, de ser feliz e de espalhar a felicidade mundo afora? Rubem Alves escreveu que é esta que "os homens oferecem aos deuses como dádiva". Pode ser mesmo! 

  Quer presente maior que ser solidário com os que sofrem, promover a justiça, escutar ao menos as histórias de vida desse povo andarilho em nosso lugar? Quer dádiva superior a amar a natureza e desejá-la pura, sempre repleta de vida? Quer alegria tão grande quanto em compreender o tesouro da infância, ver os filhos alegres, trabalhando com dignidade? Quer alegria maior do que sentir, em companhia querida ou só, o quanto é amada a sua descendência direta e a sua irmandade? 

  Eu desejo que cada pessoa não se descuide do cultivo incessante da saúde e dessa beleza interior, digna da divindade. Por tal beleza - expressa em felicidade! -, a gente chora e ri. É ela que garante a vida na Terra, esta única beleza paradisíaca. Alguém duvida?


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