domingo, 4 de julho de 2021

NO MEU PAÍS

 

Festa guarani em Ubatuba (Arquivo JRS)


     Bem cedo recebo imagens e mensagens que provam a resistência do nosso povo brasileiro. Me recordo de uma mensagem de Nelson Mandela:  "As mentes que procuram vingança destroem os estados, enquanto as que buscam a reconciliação constroem nações". Reconciliar, em nível mais profundo, é reatar nossos sonhos de amor e de justiça; reconstruir a Nação Brasileira: dar um fim ao discurso de ódio, garantir os direitos dos povos indígenas e a sua territorialidade, fazer a reforma agrária na lei ou na marra para que ninguém mais morra de fome, retomar os direitos dos trabalhadores, possibilitar a realização nossa e de todas as gerações vindouras, fazer deste Brasil um paraíso às minorias e às diversidades culturais, banir o racismo e tantas formas de discriminação, ter respeito e amor ao meio ambiente, se valer dos recursos naturais com racionalidade, cultivar valores democráticos etc. 

     Creio que faz parte dos primeiros passos para um Brasil gigante, que há de vir, entender como um protótipo de ditador conseguiu rebaixar a inteligência de parte do nosso povo, conduzindo à idiotice. Na semana passada, ao ver uma família conhecida se deslocando quilômetros para ir à missa numa paróquia que está distante da sua, quis saber o motivo. E escutei: "Vamos à igreja para rezar e não para escutar padre falando mal do nosso presidente. O padre da nossa paróquia é assim. Por isso procuramos outra". Isto, na minha concepção, além de idiotice é incoerência. Mas, cá entre nós, idiota se importa com coerência ou incoerência?


      Nada melhor do que ir pela poesia do mano Mingo, pensando no Meu País cultivando a paz e a justiça.

Quem ultrapassou a Serra

Não quer voltar ao chão

Quem conheceu o céu

Não se limita à Terra

Quem provou das liberdades

Quer que vá para o inferno

O ditador e suas maldades.

No meu país ideal, aliás,

Fechará a escola superior de guerra

E abrirá a escola superior de paz.

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