segunda-feira, 6 de outubro de 2014

AS QUESTÕES NOSSAS DE CADA DIA

        
Lá se foram mais de quarenta anos! (Arquivo histórico)


        Olá, Lyray! O blog te acolhe com muita satisfação!


Na história do pensamento ocidental, a partir dos gregos, as primeiras reflexões eram referentes ao mundo físico, sobre a origem dos cosmos. Só depois, com os denominados sofistas,  a atenção se voltou ao homem e às suas virtudes. Assim nasceu a problemática moral.
Hoje, quando colocamos questões práticas a respeito dos danos ambientais, do crescimento desordenado, das culturas frente à globalização econômica etc., estamos propondo ver além do sensível para alcançar o inteligível. Em filosofia, o estudo das realidades que transcendem as realidades físicas é conhecido como metafísica.
Atualmente, mais do que nunca, precisamos pensar o homem em dois momentos: individual e em sociedade. É de onde se desenvolve a ética e a política.
Essas questões brotaram bem na adolescência, assim que eu deixei o bairro para estudar na centro da cidade. No meu tempo de ginásio, quem mandava no Brasil eram os militares. Em cada escola de nível ginasial e colegial (na atualidade, do sexto ano fundamental  ao terceiro do ensino médio) havia um representante militar para vigiar a disciplina. Em Ubatuba, na escola Capitão Deolindo, quem fazia esse papel era o professor José Simeão, de Educação Moral e Cívica. Discretamente, na sua pequena estatura, o “Sargento Simeão” era os olhos e os ouvidos do Regime Militar. Se nós, adolescentes caiçaras quase totalmente alienados das questões nacionais, sabíamos disso, quem dirá os adultos, os seus colegas professores! Na verdade, o Velho Simeão se esforçava em seus discursos retóricos, mas a sua prática se efetivava nas eleições do Centro Cívico.

O Centro Cívico foi a instância militar que substituiu o Grêmio Estudantil, onde aos alunos era permitido um total protagonismo. Em Ubatuba, na sua fase contemporânea, as mais importantes iniciativas foram propostas geradas no Grêmio Estudantil dessa escola (Deolindo). Por esses dias, passando diante do local onde outrora morava o caiçara Benedito Freitas (na Rua Dona Maria Alves, de onde parte a Rua Gastão Madeira), me veio à lembrança o seu filho Zé Luiz, o Arouca, o Zé Celestino e tantos outros desse "tempo áureo" relembrados pelos alunos mais engajados do meu tempo. Lembrei-me do jornal Saca Rolhas, dos nadadores e das demais categorias desportivas que despontaram cheias de vigor na realidade caiçara de Ubatuba, chegando ao ponto de até terem à disposição uma área apropriada para as suas atividades: o conjunto Itaguá Praia Clube. Ah! Quantas provas natatórias eu assisti sentado à sombra do Cruzeiro de Anchieta!

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