segunda-feira, 21 de julho de 2014

PESCADORES SEMPRE

Rancho do Itaguá - (Arquivo Chiéus)

     Agora, pensando na atividade pesqueira no litoral, sobretudo em Caraguatatuba e Ubatuba, me vem à memória alguns lugares especiais, onde sempre encontrei  algum caiçara-pescador, sempre aberto a uma boa prosa. Porto Novo, Canto do Camaroeiro, Galhetas, Praia Grande do Bonete, Rancho do Itaguá, Barra do Indaiá, Barra Seca etc. são algumas referências marcantes.

    Por isso sempre estou prestando atenção ao que fazem ou deixam de fazer aos pequenos pescadores  e canoeiros da nossa terra. Também me pergunto sempre, diante da poluição e da pesca predatória, o que vai ser dessa atividade (pesca artesanal) e dessa característica cultural tão singular.

    Hoje, lendo um texto a respeito da situação do pescador artesanal, faço questão de transcrevê-lo para servir como referência para celebração, luta e revisão de vida. Na obra Pescadores de Caraguatatuba, de Luzia Rodrigues de Toledo Prado, publicada em 2001, está assim:

    “Na região do Porto Novo, a atividade que vem auxiliando na economia doméstica é a pesca voltada para o turismo. Durante o ano os pescadores levam os turistas a vários pontos do Litoral Norte, ensinando-lhes a pescar e a conhecer um pouco da cultura caiçara [...].
  No centro de Caraguatatuba, os pescadores receberam no ano de 1998 o entreposto de pesca, situado na Praia do Camaroeiro, onde foram construídos 12 boxes e uma câmara fria com capacidade para 20 toneladas de produtos pesqueiros. Com essas instalações, os pescadores foram beneficiados, pois o entreposto proporcionou condições ideais de armazenamento da mercadoria, facilitando também a venda do pescado.
     Dentre tantas preocupações que permeiam a vida da comunidade pesqueira de Caraguatatuba, uma permanece constante: a de manter e preservar a pesca artesanal que durante gerações vem sobrevivendo às transformações e ao desenvolvimento que ocorrem no município”.

    Por fim, constatação fácil de se verificar –e de revitalizar!- é:


      “O cotidiano dessas famílias mudou devido a tantas transformações, mas a história de uma vida, com riqueza de detalhes, ficou registrada em suas memórias”.

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