terça-feira, 29 de outubro de 2013

CANTORIA DO CHICO ALVES


Salvino, na pobre morada do Alfredinho, interpreta Chico Alves -1988 (Arquivo JRS)

Ontem, ao publicar a música do finado Francisco Alves da Silva, fiquei pensando se a maioria das pessoas entenderiam o sotaque tão caiçara na toada. Assim, resolvi transcrevê-la.

Eu fui aquele que andei (2x)
Sessenta léguas no dia (2x)
Para ver se breganhava (2x)
Tristeza por alegria (2x)

Refrão: Pela Barra de Ubatuba e de São Sebastião
             Vou comprar um pouco de barro pra fazer o meu boião.

Dai-me um beijo que eu dou dois  (2x)
Dai-me dois que eu dou duzentos (2x)
Me dai duzentos e dez (2x)
Que eu dou mil e quatrocentos (2x)

Refrão.......

Santo Antônio de Lisboa (2x)
Foi serrado com serrote (2x)
Mulher tem força na língua (2x)
Que nem boi tem no cangote (2x)

Refrão.........

A viola não diz nada (2x)
Pela bulha do pandeiro (2x)
O nosso padre-vigário (2x)
Não diz missa sem dinheiro (2x)

Refrão..........

Eu vou dar a despedida (2x)
Agora não canto mais (2x)
Vou fazer a minha casa (2x)
Entre suspiros e ais (2x)

Refrão.........

Em tempo: Apresentei a versão do tio Maneco Armiro, um antigo rabequista da Praia da Fortaleza. Foi quem me explicou: "Os antigos iam até São Sebastião para comprar panelas, potes de barro. Toda a louça do pobre era de barro. Vinha da Praia de São Francisco".  O amigo Peter, representante da Praia da Enseada, deu uma contribuição na parte do refrão:
"Trabalha do Ubatuba, de Santos, São Sebastião". É...também tá dentro do espírito da música! Valeu mesmo!

2 comentários: