sábado, 9 de dezembro de 2023

O RIACHO DA LITERATURA

 


     "Quero cada vez mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas: assim me tornarei um daqueles que fazem belas coisas". (Nietzsche)


     Hoje, já passando dos sessenta anos, eu me definiria pelo  mesmo objetivo do filósofo citado acima. Persigo essa meta de vida se valendo da minha herança cultural e das habilidades que sigo cultivando.

     Dentre essas habilidades se encontram gostar de histórias e escrever.  É o meu riacho. Alguns cadernos da minha adolescência resistiram ao tempo, sobretudo no mofo que predomina em Ubatuba. Neles eu anotava momentos,  acontecimentos,  causos, poemas etc. Assim surgiram as crônicas com muito de histórias reais e um pouco de fantasias. Com este gênero literário eu contribui nos periódicos virtuais, inclusive usando pseudônimos. Por anos enviei meus textos semanais ao jornal  A  CIDADE. Até que chegou um dia em que fui chamado à FUNDART onde recebi uma feliz notícia:  seria criado um concurso de crônicas cujo homenageado seria eu. Fiquei meio sem jeito, disse que havia outros nomes mais significativos, mas não teve saída quando argumentaram dizendo assim: "O seu nome obteve a unanimidade". Pedi um tempo para pensar, conversei com a esposa. Dela saiu a fala decisiva: "Eu acho que você deveria aceitar. É um reconhecimento do seu talento e da contribuição das suas crônicas para a cidade". Assim nasceu o Concurso de Crônicas Professor José Ronaldo dos Santos. Neste ano está na nona edição.  No próximo dia 15, às 18 horas, acontecerá as premiações na Biblioteca Pública (Ateneu Ubatubense). 

       Muito me honra todas as pessoas participantes de todas as edições.  Muito me honra estar ao lado do Seo Filhinho, da Dona Idalina Graça e da Tia Helô. Longa vida aos concursos! Parabéns ao pessoal que valoriza a cultura. É ela que faz a interação humana no mundo. É ela que potencializa nossas vidas. 

    Encerro esta com um fragmento musical de Caetano Veloso


Eu vi o menino correndo,

Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino.

Eu pus os meus pés no riacho e acho que nunca os tirei,   o sol ainda brilha na estrada e eu nunca passei.


       

4 comentários:

  1. Parabéns! Você é merecedor dessa honra.

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  2. Zé, entendo a sua modéstia; mas, ndiscutivelmente, você é merecedor dessa homenagem!

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    1. Gratidão, Jorge. Tem também influência sua em meus textos
      Abraços

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