sábado, 27 de outubro de 2018

UM BOM DIA


Canto da monazítica (Arquivo JRS)

               Leo Buscaglia, em seu livro Assumindo a sua personalidade, escreveu assim:

               A maioria de nós define um bom dia como aquele em que todas as coisas aconteceram como queríamos. Consideramos a verdadeira vida como uma em que nossos sonhos pessoais se realizaram. Não nos preocupamos se milhares de pessoas vão para a cama, todas as noites, famintas e desesperadas, contanto que elas se mantenham longe de nossos olhos e nos deixem em paz. Não nos importa se as crianças do mundo estão sendo espancadas ou não são instruídas adequadamente. Nossos filhos estão plenamente desenvolvidos, vão indo bem, e não temos responsabilidades pelos outros. É somente quando crianças famintas nos agridem para roubar, ou somos maltratados ou aterrorizados em nosso lar, que compreendemos a vinculação de todas as coisas. Não há lugar para se esconder. Ninguém é culpado. Todos somos inocentes em um curso sempre mutável, pelo qual cada um de nós é responsável. É uma ilusão acreditar que a paz existirá sem todos se moverem juntos com a corrente, em união, alegria, admiração e amor. Um poeta inglês, Francis Thompson, escreveu, certa vez, que ele não podia colher uma flor sem afligir uma estrela.

               Assim, nesta convicção de que sou parte de um todo, que tenho responsabilidade nos sonhos e esperanças de tornar o mundo melhor,  vou remando no mar da vida entre espumas, angariando mais atitudes que nos distanciem do ódio. Sinto pena daqueles que se iludiram com espumas que estão a encobrir toda a beleza do grande mar. Já não avisto suas canoas, mas continuo querendo divisá-las  no meu campo de visão. Grande abraço às pessoas que seguem remando neste mesmo desafio, que me fortalecem na vivência diária deste ideal. Eu me alegro imensamente nesta parceria. Para mim, isto já é uma vivência vitoriosa! Bom dia, minha gente!

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