sábado, 24 de agosto de 2013

“VOU PRECISAR, SIM!”


Vovó Martinha me deixou como herança algumas orquídeas. (Arquivo JRS)


Nesta semana, coisa de poucos dias atrás, estava eu na fila de um órgão público estadual (AME - Caraguatatuba), zelando da saúde, quando uma moça portando prancheta e caneta se aproximou de quem estava na minha frente, uma senhora um pouco mais velha do que eu.  Logo foi se apresentando como alguém que queria fazer algumas perguntas a respeito do atendimento prestado por aquela unidade. Achei legal! São coisas desse tipo que dão a sensação de disposição para melhorar o serviço público!
A moça, muito educadamente foi fazendo perguntas: “Nome e idade”. “Cidade onde mora”. “Quantos quilômetros a senhora viaja para ser atendida aqui?”. “Foi bem atendida na recepção?”. “Usou o banheiro? Ele estava limpo?”. A entrevistada foi respondendo com muita solicitude e clareza. 
Em seguida, vieram as questões mais pertinentes: “Precisou do serviço social?”. “De 0 a 10, que nota a senhora daria por esse serviço?". A dona, pessoa simples,  em todos os quesitos, se não me engano, deu nota máxima. Estava feliz.
Encerrando o questionário, veio a especial: “E a Ouvidoria? A senhora teve necessidade dela?”. Imediatamente veio a resposta: “Não, moça. Ainda não! Mas estou pensando em marcar um exame lá. Vou precisar, sim! Você sabe que já há algum tempo, neste ouvido direito, deste lado de cá, eu tenho sempre uma chieira?!?”

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