terça-feira, 11 de outubro de 2022

PISTAS DE APROFUNDAMENTOS

Década de 1970 - O surf estava nascendo aqui - Arquivo Ubatuba Antiga


      Agora me detive em reler alguns comentários de leitores do blog. Me emociono ao receber devolutivas dos meus simples textos, principalmente quando se trata de testemunhos da história, da nossa história caiçara em Ubatuba. Pode ser que brevemente eu parta para outras paragens, conte outras histórias, mas creio que os textos do coisasdecaicara.blogspot.com continuarão fazendo alguma diferença. Faço questão de, a seguir, dar as conhecer  as contribuições do Lima e Hélio. Caso queira entender melhor o contexto delas, recomendo a leitura do textos destacados. A quem interessar um trabalho enriquecedor, recomendo entrevistar os moradores mais antigos da Barra Seca e aqueles, no Perequê-açu, que conheceram Mestre Bigode.

 

Lima comentou em "NIPÔNICOS NO LAGAMAR"

8 de set. de 2022

Quero aqui parabenizar o criador desta página e colaborar com alguns detalhes. Lembro me que o Sr. Godoy, farmacêutico em Arujá com quem eu trabalhava desde os nove anos (na época eu tinha 15 anos). Ele detestava dirigir e tinha interesses imobiliários na baixada norte; por isso eu dirigia para o mesmo assim que saíamos da via Dutra em S. José dos Campos até Ubatuba. De Caraguá a Ubatuba o trajeto era parte praia e parte estrada de terra (uma viagem); é desse período que pude acompanhar as negociações de venda da área da praia da Barra Seca ao Sr. Santokura, e dessa forma pude ver e acompanhar o desenvolvimento dos tanques e depois a engorda das "unaguis" ou enguia japonesa, e também acompanhar a tecnologia já adiantada de criação de peixes em cativeiro, com água do mar. É uma pena saber que tudo acabou. Lembro também que a essa época, uma das vezes que descemos para a baixada, o fizemos pela velha estrada de Santos, e no Guarujá, rumamos para a balsa de Bertioga, e dali à frente, através das praias e pequenas escapadas por estradas de terra, até Caraguatatuba, demoramos um dia inteiro.

 

Hélio comentou em "O MESTRE "BIGODE""

10 de set. de 2022

Grande Mestre escultor da nossa querida Ubatuba, compadre do meu pai, ao seu último filho lhe deu o nome de Francisco em forma de homenagem ao meu querido e saudoso pai Francisco Paulino. Foram parceiros de tantas e tantas corridas Brasil a fora,´ lhe chamava carinhosamente de Chico Paulino. Tive o privilégio de frequentar sua oficina no Perequê-açu dos meus 4 anos até meus 12, 13 anos mais ou menos. Ficava eu fazendo a lição que ele me deixava ir aprendendo com os filhos (Laura, Bigodinho, o cabo e o sargento), enquanto eles saíam para fazer um "fartleque" , ou seja, fazer um treino de corrida como diziam. Iam pela Casanga, Itamambuca, Centro e depois finalizavam na praia do Perequê. Pela diferença de idade (que tinha uns 13 anos), meu pai sempre o elogiava pela vitalidade, nas prova eram sempre os dois dando trabalho na ponta, isso quando não dava dobradinha 1º e 2º. Meus parabéns Zé Ronaldo por rebuscar nossas memórias. Tempos atrás fiz pesquisa e não encontrei quase nada sobre nosso Mestre Bigode. Acho um tremendo descaso essa falta de visibilidade de um artista autodidata como ele. Como você disse, suas obras estão mundo afora. Aqui poucos o conhecem nos dia de hoje. Tive o privilégio de acompanhar várias obras dele como A Virgem Maria, um São Francisco, Santo Expedito, remos canoas e por aí afora, antes dos rumos se tornarem outros, infelizmente, ele estava me incentivando a fazer os primeiros traços em algumas obras mais demoradas, guardo isso muito vivo em minha memória... Parabéns meu caro Zé Ronaldo

 

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