quarta-feira, 4 de julho de 2018

MODA QUE FAZ GOSTO

Folhas nos caminhos (Arquivo JRS)

Orquestra Jovem do Estado de São Paulo - 2018 (Arquivo JRS)

Orquestra Jovem do Estado de São Paulo - 2018 (Arquivo JRS)


               Partindo da certeza de que não existe cultura sem educação, resta aos genitores oferecer aos filhos as oportunidades de vivenciar os aspectos culturais que alavancam a evolução dos mesmos, que vão tecendo a trama da existência. E estes jovens também vão permitindo a nós outras releituras do mundo. Mas... “Pai e mãe são os primeiros professores”. Isso se consegue por experiências, boas leituras e transmissão oral. Desse modo, com tais estratégias, danças, músicas, remédios, canoas, vestimentas, histórias, filosofias, ciências, técnicas etc. vão realizando nossas necessidades, nossos desejos. E a cultura se perpetua e se refaz. Nesse tecer, cada ser humano tem a sua importância. É por isso que lamento quando alguém se envereda por um vício que lhe diminui o seu protagonismo neste fazer cultural. “Coitado daquela criança que o pai lhe segura a mão de um lado e com a outra tosse com um cigarro de erva. Coitado também desse pai! Coitados também daqueles que amanhecem na minha calçada tomando uma bebida que se diz ser vinho, deixando por ali as embalagens plásticas. É a diversão deles. É o sentido da vida deles”.

               Eu, devido a muitos limites e falta de clareza, tenho certeza que deixei de ter a vivência de valiosos aspectos culturais. Mas essa privação não apagou o desejo de buscar oportunidades para futuras realizações, agora incluindo minha esposa, minha filha e meu filho. E pelo caminho vamos conhecendo pessoas que são incluídas nessa nossa família, querendo que convivam com a gente nessas vivências que existem desde sempre, mas que estávamos impedidos de desfrutá-las. É por isso que dou a conhecer lugares e eventos que me fazem muito bem. Meus verdadeiros amigos acompanham essas minhas aventuras! Oxalá eles cavem essas boas oportunidades!

               No último domingo, em Campos do Jordão, eu, minha esposa e duas amigas nos maravilhamos com as apresentações do dia. Fizemos um "bate e volta".  Bem cedo, na Capela do Palácio, o espetáculo foi com o Quinteto Zephyros; depois, só de passagem, na Praça do Capivari, quem atraiu a nossa atenção foi o Coro Infantil da OSESP. Agora, o deslumbramento maior foi às 16:30 horas, no Auditório Cláudio Santoro, onde a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, com quase uma centena de componentes, nos embalou por uma hora. Diria o tio Maneco Armiro numa ocasião assim: "Isto é moda que faz gosto! Que beleza!". Olhando cada rosto daqueles, eu pensava nos adolescentes do Ensino Médio. Estavam nesta faixa, passariam um mês estudando música, tendo experiências incríveis neste aspecto da cultura humana. Certamente nunca mais esquecerão disso. Um dos integrantes da primeira apresentação da manhã, do quinteto já mencionado, assim se expressou: “Foi em 1977 que eu, bem jovem ainda, tive a primeira oportunidade de vir a Campos do Jordão, de me aprofundar na cultura musical e de escolher isso para a minha vida. Hoje, assim como quase todos deste grupo, dou aulas na USP. É uma experiência incrível! Desejo a todos um feliz Festival de Inverno!”. 
         Assim, pensando na minha Maria Eugênia e no meu Estevan, vou plantado, admirando cada flor, cada folha e cada ser que dão sentido ao nosso jardim.

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