terça-feira, 22 de dezembro de 2015

BOAS FESTAS!

Festa do Escrafunchando no lagamá. (Arquivo JRS)

       Mamãe e papai nasceram pobres e morreram pobres neste território caiçara de Ubatuba. Ela, bem simples,  cultivou o que foi possível em nossas condutas a partir das palavras e dos atos. “Como gostava de falar, de repetir coisas a nossa mãe! Ela foi o “nosso esteio principal, a força do nosso lar”. Ninguém nunca duvidou disso.

          Numa ocasião, estando trabalhando como faxineira na “Escola Anchieta”, em época assim de final de ano, apareceu o sentimento de confraternização. Logo organizaram tudo; ali mesmo no pátio seria o almoço. Parecia que todos estavam muito bem, se esforçando nos sorrisos largos para qualquer um. Ela, no dia escolhido, desde cedo com outras duas colegas, preparavam o local. Duas mesas, a pedido de quem mandava mais, foram montadas: uma se destacava “desde a toalha escolhida até os pratos chiques”. Segundo  Dona Laurentina, “os funcionários do pesado deveriam ficar na mesa mais pobre de tudo”. Por volta das 12 horas todos estavam a postos para avançar com gulodice, como se não tivessem outras oportunidades diante de tais iguarias. Naquele momento, de acordo com a Odete, uma das colegas da mamãe, “a Dona 'Laura' procurou a chefe e disse que confraternização que começava com duas mesas separadas sob um mesmo teto não era confraternização. E foi embora com a desculpa que deixara um tanque cheio de roupa para lavar”.

       Assim, para que nossas confraternizações sejam autênticas confraternizações, desejo a todos,  que tenham uma grande dose de humanidade, de sentido de justiça e de verdade. Que o nosso amor pelo conhecimento e pela humanidade seja transformado em fatos concretos, em atos que sirvam de exemplo para mobilizar mais gente em busca de uma sociedade melhor.

Feliz Natal!

Feliz 2016 para todos!

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