terça-feira, 2 de abril de 2013

AS MAGNÓLIAS DO CENTRO DE UBATUBA




 Que cidade tranquila! (Arquivo Ubaweb)


Olá, Patcavile! Bem-vinda! O amigo Júlio, agora energizado pelas pedras de São Tomé das Letras, produziu este texto reflexivo, sobretudo aos moradores de Ubatuba. Parece-me que estamos na contramão da harmonia urbanística, espacial e ecológica. Trata-se das magnólias que, já no nosso tempo de ginásio, nos abrigava em seus sombreados enquanto esperávamos o ônibus. Na Praça Nóbrega ficava a rodoviária e o ponto final dos circulares que começaram a aparecer no começo da década de 1970.  A propósito, de acordo com o Filhinho, por ali também foi enterrada, na metade do século passado, uma Cápsula do Tempo. Seria bom saber das coisas e das ideias daquele tempo. Quem poderá nos dizer da tal Cápsula?

           Talvez o seu Rochinha, o Nenê Velloso, a tia Annita e tantos outros possam nos dizer quem plantou as magnólias da Praça Nóbrega.

          Não vou arriscar dizer de que época é a imagem ilustrada acima. Década de 30, 40, 50?

          Observa-se que se trata da Praça Nóbrega, onde depois de várias mudanças, hoje temos o calçadão, e nessa observação vemos algumas árvores que até hoje lá existem. São as magnólias que algum dia alguém plantou. Pela disposição das árvores parece que foi um “projeto” urbanístico e de paisagismo feito por alguma administração passada. Vamos pesquisar!

          As magnólias são árvores que dão frutas para passarinhos, e dos passarinhos, que quando criança, indo ao Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva, eu e tantas outras crianças estilingávamos, lembro-me das araponguinhas rajadas, sanhaçus, saíras, sabiás unas e principalmente dos bandos verde azulados das saíras pocas, essas eram destaques entre os demais passarinhos, bonitos passarinhos, hoje raros.

        As magnólias resistiram e resistem ao tempo, mas infelizmente, recentemente notou-se que algumas árvores secaram, morreram. Secaram e morreram pela idade, ou foram mortas por maldade? Eis a questão. A Secretaria de Meio Ambiente de nossa cidade deveria investigar a causa da morte de algumas magnólias, pois aquelas árvores, embora não instituídas, fazem parte do patrimônio de nossa cidade, são filhas, até então de minha geração e de quem ama a natureza e sabe o valor de uma árvore.

         Magnólias à parte, temos uma imagem interessante do centro comercial de Ubatuba (cruzamento da avenida Dona Maria Alves com a rua Coronel Domiciano), onde, em primeiro plano, temos cinco personagens, dando a parecer: um casal de turista com uma criança, um cidadão parecendo ser um agente de informações turísticas, um cidadão de bicicleta parecendo ser conhecido, e ainda, aos lados outras personagens caiçaras daquele tempo; observa-se ainda ao fundo o prédio da cadeia velha; a jardineira com seu número 18 estacionada é destaque ainda maior. Cenas da cidade, de um passado ubatubano caiçara, calmo e romântico.
(Fonte: O GUARUÇÁ)

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