quarta-feira, 31 de julho de 2024

BANCO DA PRAÇA

 

Barra dos Pescadores - Arquivo JRS

Era um viajante, via-se pela mala que carregava;

Trazia um cansaço no arrastar das pernas.

Estava diante do edifício,

Do bolso puxou um papel, 

Conferiu: era ali o destino.

Trepou uns lances da escada;

Balangou a sineta pela corda.

Esperou...esperou...esperou...

Então a porta é aberta;

Um cachorro quase o derruba.

O melhor vem depois:

Um abraço cheio de beijos.

O cansaço foi-se embora,

Ficou porta afora.


Aquele cidadão nunca saberá 

Que, do banco da praça, alguém o observava,

Torcia pela sua subida,

Em pensamento dizia esta motivação:

Upa, upa, upa...força,  tá chegando.

Agora uma  questão: 

Deixou alguém chorando?


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