sexta-feira, 7 de outubro de 2016

A MENINA NINI

             
Nini no quintal - 2016  (Arquivo JRS)
Como desfecho provisório da minha tarefa, conhecendo desde criança a história da Nini, eu fui somando tudo: menina caiçara + fotógrafa estrangeira + sensibilidade social + vítima inocente e desamparada + ideologia católica tradicional + injustiça percebida + oportunidade de crescimento + imagem da menina = arte que desperta.
Menina de Ubatuba - Imagem: Cláudia Andujar.

                       Foi a arte que me despertou para esta minha tarefa. A partir da sensibilidade de uma estrangeira que passava com uma câmara fotográfica pelo mesmo caminho onde se encontrava a Nini, a imagem ficou registrada, foi para outras partes do mundo e despertou a atenção de um pesquisador. E, graças à sensibilidade da amiga Mary, ela chegou até as minhas mãos.

               Nini, onde estás? No Study Collection (coleção de estudo), “um acervo destinado a trabalhos de pesquisas, mas não necessariamente para exposição”. Tinhas sido vendida entre 1962 e 1966. Lá, no Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York, estavas perdida. Dentre tantas coisas, te esqueceram. Museu é assim mesmo, né? Até a fotógrafa, de acordo com o jornal, falou: “Não me lembro bem”. Ainda bem que nós nunca te esquecemos!

               Olha só como essa caiçarinha, filha da tia Thereza Lopes, viajou!


               Ah! Eu fiquei exultante por te achar! Espero que tenhas ficado alegre também! Beijos e abraço. Até. 

Em tempo: ainda espero contactar a fotógrafa para saber detalhes da época, do contexto da "imagem da Nini".

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