quarta-feira, 24 de agosto de 2016

FEIRA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - RELATOS (V)

Ai que raiva dessa gente invejosa! (Arte Estevan)

O LIXO QUE VIRA SAÚDE  
                                                    Luciana Valério Cunha

               Após vinte e três anos, relendo os relatos da 1ª Feira de Educação Ambiental, consigo relembrar de cada rosto amigo e suas falas demonstrando um empenho em lançar sementes para uma nova consciência ambiental. Educação é isso! Cada novo projeto, cada nova turma de alunos é como um novo nascimento. “Com cada novo nascimento um novo começo nasce no mundo, um novo mundo passa potencialmente a existir”. (Hannah Arendt)

               Após o Curso de Educação Ambiental ocorrido em janeiro último, elaborei uma atividade para trabalhar com os meus alunos da EMEI Perequê-Mirim, que estão na faixa etária entre 6 e 7 anos incompletos. Queria uma atividade que permitisse uma maior integração entre os alunos para observar a natureza, identificar problemas e buscar possíveis saídas para solucioná-los, com o objetivo da preservação do meio ambiente. Mas o que poderiam eles tão pequenos fazer?  Particularmente, gostaria que observassem o processo de reprodução das plantas como elemento para introduzi-los às questões ambientais. Com a chegada de outra professora, contei a ela meus planos e tentamos colocá-los em prática.
               Relatamos aos pais o trabalho, e a partir daí, solicitamos aos alunos que trouxessem mudas e até mesmo adubo (esterco de cavalo), iniciando a montagem de nossa horta. À parte, montamos uma composteira onde contamos com a ajuda da merendeira  - Tia Nice -, orientando-a sobre o processo e como seria desenvolvido o trabalho. Recolhemos os restos de cascas de legumes e comida, montamos a composteira feita de blocos e forrada de folhas secas e serragem (saímos para buscar). Tudo acompanhado de muita explicação.
               Infelizmente, alguns acontecimentos nos aborreceram muito: roubaram nossa composteira, pisaram em nossas hortas e a única coisa que colhemos foi cerca de 50 gramas de feijão. Os alunos ficaram tristes com o ocorrido, mas assim mesmo tiramos resultados positivos, fizemos discussões sobre o ocorrido e chegamos à conclusão de que, apesar dos imprevistos, nossa iniciativa foi válida.

               Orientamos para que explicassem aos pais a atividade que desenvolvemos e que o resultado poderia ter sido diferente, mas para isso seria necessário um maior esclarecimento com toda a comunidade.

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