sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Luz negra

(Festival da Mantiqueira - S.F. Xavier)
                                Na semana passada recebi uma incumbência da minha filha: comprar uma luz negra para uma experiência científica da escola (“Professor pede  cada coisa!”).
                Passei na loja Santista centro da cidade. Lá tinha. Peguei o produto,  vi   o   preço         (R$ 34,50) e aguardei o atendente apreciando o produto. Foi quando chegou o meu amigo Girdo Chicapá, natural da praia do Lamberto. Depois dos cumprimentos, ele se admirou da cor da lâmpada e foi logo querendo saber: “É bonita! Nunca tinha visto isso! Pra que serve essa lâmpada negra? É escura mesmo?”. Expliquei-lhe na maior seriedade que aquilo era uma maravilha, pena que tenham demorado tanto tempo para ser inventada etc. Ele insistiu: “Mas serve pra quê?”. “Ora, Chicapá! Serve para um monte de coisas! Eu estou comprando porque preciso descansar durante o dia. Depois de instalada, no lugar da lâmpada comum, que serve para clarear o ambiente, basta tocar no interruptor e tudo vira um breu, escuro como a Mata Fechada, entre a praia da Raposa e o Saco dos Morcegos! É isso! Como se virasse noite!”. Admirado, o Girdo completou: “Então é boa mesmo! A gente economiza cortina na janela, não precisa se preocupar com nenhuma frestinha de luz! Noutra ocasião eu também vou comprar uma dessa. A mulher nem vai acreditar quando eu contar isso! Vai ser uma maravilha para aqueles momentos, de vez em quando no meio da tarde, quando a gente pega a namorar! Mas tá meio cara, né?”.

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