terça-feira, 1 de outubro de 2024

ERA SÓ ALEGRIA

 

As crianças - Arte da querida Gal

Que nem passarinho a gente ia chegando.

A escola, casa primeira da tia Martinha, na Fortaleza.

Do morro olhava o único caminho.

Por ali vinha eu e a mana Ana,

De pernas orvalhadas até os joelhos.

Por ali brotava um, brotavam dois, brotavam várias crianças: 

Todas caiçarinhas felizes.

À espera da aula ninguém se atrasava.

Todos queriam brincar antes.

A professora já estava lá,

Saudosa da sua terra

Em terras do Vale do Paraíba.

Correndo a vista por todo espaço

Avistava meninas e meninos

Chegando que nem passarinhos.


Parei aqui. Então completa o mano Mingo:


Quando a escolinha

agrupada do primeiro grau

da praia da Fortaleza

era no sopé do morro,

no meio do bananal,

uma cobra caninana

foi se enrodilhar

entre os caibros do telhado

para aprender o beabá.

Mas acabou sendo expulsa,

tão logo foi notada,

porque não estava inscrita

no livro de chamada.

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