domingo, 21 de novembro de 2021

CANA VERDE E MAIS VERSOS

 

Vitral é arte no vidro - Arquivo JRS

   Continuando a remexer velhos papéis, outras pérolas encontrei. "Ainda bem que eu tenho essa mania de guardar tudo!". Desta vez, apresento a quem se interessa, uns versos da Cana-verde, uma dança trazida da península ibérica, de Portugal, que se compôs em nossos traços culturais, além de outros versos avulsos adaptáveis a outros tipos de danças e cantorias. Estas manifestações culturais são algumas das nossas armas para enfrentar o discurso de ódio que se apoderou de tantas almas e as colocou contra os mais fracos. Faça bom proveito, minha gente! Outros já ficam prometidos para amanhã. Grande abraço.


1- Assubi na cana verde/ Assubi de nó em nó/ Assubi na cana verde/ Do lado que nasce o sol.


2- A cana verde cantada/ Tocada é mais bonita/ Pra dançar a cana-verde/ A filha da Dona Rita.


3- No alto daquele morro/ Corre água sem chover/ Pau verde não pega fogo/ Quem quer bem logo se vê.


4- No fundo do mar tem limo/ Acima do limo tem peixe/ Quero deixar de amores/ Antes que amores me deixem.


5- As moças, mais que os moços/ Têm os pés delicadinhos/ Calcanhar de arrancar cepo/ Unhas de carpir caminho.


6- Cobra pra cantá comigo/ Lava a boca com sabão/ Se não ficar bem lavada/ Comigo não canta não.


7- Menina, minha menina/ Outra vez menina minha/ Na sua cama tem pulga/ Vem aqui dormir na minha.


8- O mar se forma lá fora/ Vem na praia arrebentar/ Chega a onda em seus peitos/ Só eu não posso chegar.



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