sábado, 2 de janeiro de 2016

HÁ NATUREZA? HÁ VIDA!


           


Passando um tempo na Ilha do Prumirim (Arquivo JRS)



               Comecei bem o ano de 2016! Bem cedo fui buscar água na Fonte da Amizade, fiz a minha caminhada na Praia do Perequê-açu, cuidei das plantas, recebi a visitas de amigos, dei a minha contribuição na campanha dos livros para a biblioteca de Emaús e saí com a minha Gal, a minha Má e o meu Estevan para curtir um pouco no fim da tarde. Ah! Aproveitamos para visitar os meus irmãos Domingos  e Ana. Que beleza ver a sobrinhada bonita!

         Com o Marcelo Dantas teve assunto para ir bem longe. Conversamos sobre os rumos preferidos para a sociedade ubatubense, valorizando sobretudo aquilo que é a nossa maior riqueza: a natureza preservada. Depois de um tempo, ele saiu levando um grande volume de livros. Hoje já deve estar catalogando e prosseguindo o projeto que se resume em solidariedade e troca de experiências com a Comunidade de Emaús.

      Outra visita que eu já considero parte do ritual do primeiro dia de cada ano é a visita do Júlio e do Isaías Mendes, seu pai. Acho que até já posso considerá-lo como meu pai também.  Como é bom prosear com nossa gente! Depois...se despediram tomando o rumo da Cachoeira do Ipiranguinha. Eu retornei à faina de dar uma ordem nas coisas que vou ajuntando sempre. 

           Neste começo de ano, tomo como exemplo o Seo Aquino, morador da Ilha do Prumirim. Ali, na tranquilidade, socando umas cascas de pau de mangue, nós o encontramos na mesma disposição de prosear. 
       - Vai fazer o quê, Seo Aquino?
       - Vou tingir aquela rede ali. 
       - Faz tempo que o senhor está aqui?
      - Já tem trinta e cinco anos. O velho Francisco Munhoz me deixou tomando conta disto tudo. O pessoal que está por ali, vendendo coisas são meus filhos, netos e até bisnetos.
       - O senhor nasceu em que lugar?
       - Eu sou da Praia do Camburi. O meu pessoal é aquele que o senhor conhece bem: o Mané Inácio, o Genésio, o Antonio Inglês...todo mundo daquele lugar.

         E nos despedimos de olho na trovoada que se armava por cima do morro, escurecendo rapidamente o final da tarde e ameaçando a travessia para a terra.

Um comentário:

  1. Fico emocionado com seus contos e andanças. Parabens Amigo José Ronaldo por contribuir com a cultura Caiçara espero poder fazer o mesmo.
    Arrela meu filho ai vem chuva.


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