segunda-feira, 13 de junho de 2016

FEIRA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - RELATOS (I - A)

Etapa das entrevistas (Arquivo JRS) 

 Relato I – segunda parte

         A partir dos pontos convergentes (enchentes, esgotos, poluição do córrego e vida do bairro), foram elaboradas 32 questões. Selecionei algumas que me pareceram mais incisivas em torno de tais pontos.  (Embora no final do trabalho eu tenha reconhecido que escaparam outras questões talvez até melhores).
           Achei necessário formar as equipes de trabalho (sete ao todo), evitando que ocorressem as “panelinhas”, que os mais quietos ficassem isolados etc. Eles não gostaram muito, mas no final admitiram que “foi melhor assim, pois conhecemos melhor fulano de tal, sicrano falou mais, beltrano se revelou etc.”. Seis equipes foram para as entrevistas e uma ficou responsável pelo mapeamento e remapeamento  (as alterações de traçados e outras anotações julgadas relevantes durante o trabalho de observação.
               Ah! Ia me esquecendo! Escolhi a área onde seria feito o estudo: duas ruas próximas a um córrego, distando, no mínimo, 50 metros da escola. Por acaso? Não.  Desde o início eu já visava alguns princípios de educação ambiental e o exercício da cidadania (objetivo da OSPB).
           Timidamente saímos às ruas e fomos pelas casas, cumprimos o planejado, concluindo após a greve na Rede Estadual de Educação;  entregamos ao representante da SABE (Sociedade Amigos do Bairro da Estufa), Edson Malaquias, o relatório final.
          Pessoalmente fiquei muito satisfeito com tudo, mas há muito a fazer para alcançar a interdisciplinaridade em tal proposta de trabalho. Sonho com o dia em que a matemática plicará conceitos básicos de estatística, cálculos, probabilidades etc.; a educação artística, a partir das embalagens coletadas nas ruas, fará um estudo de formas de letras, composição gráfica, perspectivas etc.; a história resgatará a memória do bairro e fornecerá elementos para um estudo sociológico; a geografia mostrará as transformações e suas consequências na vida e no ecossistema; o ensino da língua portuguesa será a partir de erros e acertos durante o método etc. etc... Tudo isso a partir de uma situação muito próxima, acessível a todos; de um estudo do meio, do entorno onde está a escola.
      Também cabem muito à classe (8ª A) os méritos do trabalho aqui apresentado.

        Termino com uma frase do representante da SABE, Edson Malaquias, ao receber o relatório do trabalho (ele foi até a escola para o evento de entrega): “Fico contente por saber que uma nova escola está surgindo. Me alegro muito por sentir que vocês já estão participando da vida do bairro e já sabem de coisas que muitos adultos não conseguem ver. Continuem assim!”.

2 comentários:

  1. Parabéns aos alunos e a Você Amigos José Ronaldo.

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    1. Encontrando-os pelos caminhos da vida, vejo que vão dando bons frutos essa "criançada" de 1993. Um forte abraço, amigo.

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