sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

AMIZADES MUNDO AFORA

Caminhada da Juventude Operária - Santo André 1987 (Arquivo JRS)

Claude, um amigo canadense (Arquivo JRS)

               De vez em quando a gente encontra amigos que há muito não tempo não víamos, mas também acontece de os amigos nos encontrarem.
               Eu costumo dizer que duas coisas valem muito a pena nesta vida: viagens e amizades. É comum eu pensar nas pessoas e nos lugares que fizeram  -fazem! -  parte da minha história: são experiências fantásticas, que me recordam de coisas boas demais!
               Nesta semana, quando dei uma fugidinha até a Barra Seca no final da tarde, recebi mensagem da minha filha me avisando de um amigo que passou em casa para me visitar. “O nome dele é Ivan, de Santo André. Está hospedado na Enseada; deixou o número do telefone”. Na hora me recordei do Jardim Carla, quase Vila Luzita, cheia de morros, de onde o conheci. Lembrei-me da rua: Hamurábi. O Ivan era um jovem que participava de tudo, questionava muito a partir do contexto em que vivia. A mãe do Ivan, dona Eunice, era uma liderança na comunidade, um bairro só de trabalhadores, onde circulavam os ônibus fretados para operários das indústrias da região. Nesta rua também morava um companheiro de obra, o Zé Antônio, que sempre me convidava para uma visita. “Aparece lá para tomar um café, Zé. O meu barraco fica na rua Murada, número 205”. Era na Hamurábi. Quem mandou denominar a rua com nome tão esquisito!?! No mesmo dia, à noite, o Tio Nelson me deu o recado de que um conhecido meu, de Santo André, tinha procurado informação sobre mim com ele, no ponto de táxi. Na hora pensei: “Deve ser o Ivan”. Era mesmo! Depois ele me contou: “Cheguei no ponto de táxi e arrisquei, era uma sorte em um milhão. ‘O senhor conhece o José Ronaldo?’. ‘Conheço, é meu sobrinho!’ Que sorte! Ele me explicou como chegar na sua casa”.  Ah! Também pudera! Naquele ponto (da rodoviária grande) todos são conhecidos! Tem ainda o Guto, o Alessandro, o Trindade, o Elias, o Rosalém... Todos me conhecem. A última vez que eu encontrei o Ivan foi no ano de 1990! Faz tempo, né?
               O Ivan casou-se com a Mara, outra amiga daquele tempo: ambos participavam dos movimentos comunitários em Santo André. Agora ele é funcionário na prefeitura de lá e ela é professora pública. Uma filhinha linda dá-nos a certeza de que a luta continua!
               Ah! Que prazer essas lembranças e este reencontro!

               

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