Hoje, o humilde terreiro caiçara acolheu novamente a Mata Atlântica. Da casinha... apenas lembranças. |
Ontem,
juntamente com a mana Ana, recordamos algumas dessas pessoas. Uma delas foi o Anginho, filho do
Angelino e da Rosa. Quando criança andava sempre atrás da mãe, mas era comum
encontrá-lo na casa da vó Maria Bidu, cuja casinha de pau-a-pique e sapê era no
alto do morro, no caminho entre a praias Grande do Bonete e Fortaleza. Era onde
de vez em quando eu parava para brincar um pouco, tomar café com biju e escutar
as histórias da dona Maria, natural do Sertão da Caçandoca, casada com Estevan Marcolino, vizinho do vô Estevan
Félix.
Mais
tarde, já morando na Praia do Perequê-mirim, reencontramos o Ângelo e sua mãe.
Foram tempos difíceis devido ao alcoolismo da mulher. Muitas vezes, sentindo-se
desamparado, era em nossa casa que o Anginho tinha acolhida. Para a minha mãe,
ele era como um de nós. Por ali ficava quanto quisesse, mas... por amor e compaixão
à mãe, ele tornava a segui-la.
Após
o falecimento da Rosa, uma alma bondosa por nome de Zenaide acolheu o
adolescente em seu restaurante na Praia da Enseada. Mais tarde, tendo como
companheira a Isabel, viveu os seus melhores dias nesta vida. Foi cortando uma
árvore que a morte o encontrou há três anos.
Em
minha mente estão: a casinha do alto do morro, os momentos acolhedores que convivemos e as
histórias da dona Maria Bidu, de cujo terreiro avistava a região da Caçandoca,
do Bonete e toda a Baía da Fortaleza. Visão maravilhosa! Duvida?
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