Após
mediação dos padres jesuítas, aconteceu nessa área (Aldeia de Yperoig, mais
tarde Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba) a denominada
“Paz de Yperoig”. Mas parece que a paz resultou em traição conforme o texto
ilustrado pelos irmãos Eudes e Marta, moradores do bairro do Ipiranguinha, em
Ubatuba.
Os pontos defendidos pelos índios confederados
não parecia conter nada de extraordinário. Queriam: a libertação dos
prisioneiros que se encontravam nos trabalhos forçados dos engenhos, o fim da
prática de escravização, entrega dos chefes traidores para serem julgados pelos
Tamoios e que os deixassem viver em paz, como os verdadeiros donos da terra. Os
portugueses concordaram. Assim surgiu o acordo que hoje é chamado de Paz de
Yperoig. A tradição diz que foi no dia 14 de setembro de 1563.
Era de se esperar
que o tratado de paz não fosse respeitado pelos portugueses. Afinal, eles
cruzaram os mares na busca de riquezas. Imagine abrir mão de vultosos lucros
por causa de povos que, segundo o pensamento religioso da época, nem almas
tinham. Por isso, a aldeia de Yperoig foi a primeiras dos Tupinambá a ser
incendiada.
O feriado deste
dia (14 de setembro) tem duplo nome: Dia da Exaltação da Santa Cruz e Dia da
Paz de Yperoig. Bem que poderia aparecer uma proposta para que se mudasse para
o Dia da Traição de Yperoig, pois foi isto que aconteceu.
Pois é! Paz de
Yperoig é um nome mais adequado para cemitério! Pelo menos alguns chefes da
Confederação dos Tamoios se tornaram nomes de ruas (Cunhambebe, Aimberê,
Araraí, Pindobuçu, Coakira...).
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