sábado, 13 de março de 2021

10 ANOS DE VIDA - OLHAR AMOROSO

 

Arte em casa (Arquivo JRS)

Página de livro da minha Gal (Arquivo JRS)




         Está completando uma semana que estamos em comemoração pelo décimo ano do blog. Depois das contribuições de pessoas valorosas e de seus textos maravilhosos, hoje quem  escreve é a minha querida e talentosa Gláucia, aquela que me incentivou a encarar este meio de registrar as nossas coisas e de poder se comunicar com mais gente. Você, leitor ou leitora agora, precisava saber disso. Penso neste momento: "com certeza que toda essa gente que segue o blog tem um olhar amoroso, tal como a minha Gal".

     No próximo dia 17 estaremos completando 25 anos de matrimônio, tendo Maria Eugênia e Estevan como nossas maiores alegrias. Com uma família assim,o que mais posso ambicionar?

 

         Faz dez anos que o Zé, meu marido, escreve no blog Coisas de caiçara. Isso o deixa feliz porque ele é tão escritor quanto é caiçara. Por meio das suas crônicas, leves e agradáveis de ler, ele expressa cotidianamente a sua identidade.

       Nesses dez anos, centenas de textos foram escritos retratando o povo caiçara de Ubatuba e região, seus costumes, sua história, sua cultura. Também pessoas chegadas de outras terras aparecem nestes textos.  Entremeados com as crônicas, aparecem causos, entrevistas e poesias.

      Se alguém procura conhecer a cultura caiçara e a sua história, este é um lugar fantástico. Não para busca de informações enciclopédicas e rápidas. Aqui não se deve buscar por conhecimentos organizados como num livro didático. Nestes textos, podemos mergulhar no coração de uma cultura, na sua simplicidade e na sua complexidade. São festas, organização do trabalho, valores, conhecimentos da comunidade. Muita memória, tantos rostos de pessoas comuns que podem encantar. E tanta, tanta coisa importante que pode dar valor e significado à vida.

      Em alguns textos, é possível perceber maneiras de falar próprias, com palavras e expressões peculiares. Parece até que dá para ouvir as risadas das pessoas envolvidas. Em outros, dá para sentir a melancolia diante das perdas que as transformações da modernidade impuseram. Aqui não existe neutralidade ou imparcialidade, essas ficções. Existe um olhar amoroso para as pessoas e sua cultura, para a terra e sua história. Existe beleza.     

 


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