Tocando no jundu (Arquivo JRS) |
Lá morro do Cedro, na subida para a Torre, em 1980, escutei o Mané Mancedo em cantoria. Como eu gosto muito de ciranda, segue agora a letra:
Vamo ciranda,
Vamo moça nóis cirandá
e vamo dá meia vorta,
vorta e meia,
continua mesmo par.
Ajuda meu companhero,
embora eu seja baxinho,
companhero, embora eu seja baxinho,
que eu sô muito vergonhoso,
não posso cantá sozinho.
Ai todo mundo se dimira
da galinha fazê renda,
pois eu já vi uma barata
sê caixero de uma venda.
Balanceio,
comigo não perco tempo
e cantando a ciranda
verso cá de repente,
vorta e meia,
comigo não perco tempo.
Meço o cabo da viola
pra vê quanto parmo tem,
que eu já cheguei numa artura
que nunca chegô ninguém,
balanceio,
que nunca chegô ninguém.
Água de lá, eu de cá,
reberão passa no meio,
você me dá um suspiro
que eu vorto suspiro e meio.
Vamo ciranda, ciranda não é assim,
canta a sereia no mar
O canário no jardim,
balanceio,
o canário no jardim.
No arto daquele morro
tem um velho gaiolero,
quando vê moça bonita
faiz gaiola sem pontero:
balanceio.
eu canto de quarquer manera
ao ciranda, ciranda, cirandão
pois vamos dá meia vorta,
meia vorta vô dá
vorta e meia,
continua o mesmo par.
Sete anos andei embarcado
no batalhão da Gurita,
também eu sô comandante
de toda moça bonita.
balanceio,
com tanta laço de fita
a cirandinha digero avança
café, biscoito tem mais
balanceio,
dexa da mão, Binidita.
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