domingo, 29 de novembro de 2020

CIRANDA NO ALTO DO MORRO

 

Tocando no  jundu (Arquivo JRS)

        Lá  morro do Cedro, na subida para a Torre, em 1980, escutei o Mané Mancedo em cantoria. Como eu gosto muito de ciranda, segue agora a letra:


Vamo ciranda,

Vamo moça nóis cirandá

e vamo dá meia vorta,

vorta e meia,

continua mesmo par.


Ajuda meu companhero,

embora eu seja baxinho,

companhero, embora eu seja baxinho,

que eu sô muito vergonhoso,

não posso cantá sozinho.


Ai todo mundo se dimira

da galinha fazê renda,

pois eu já vi uma barata

sê caixero de uma venda.


Balanceio,

comigo não perco tempo

e cantando a ciranda

verso cá de repente,

vorta e meia,

comigo não perco tempo. 


Meço o cabo da viola

pra vê quanto parmo tem,

que eu já cheguei numa artura

que nunca chegô ninguém,

balanceio,

que nunca chegô ninguém.


Água de lá, eu de cá,

reberão passa no meio,

você me dá um suspiro

que eu vorto suspiro e meio.

Vamo ciranda, ciranda não é assim,

canta a sereia no mar

O canário no jardim,

balanceio,

o canário no jardim.


No arto daquele morro

tem um velho gaiolero,

quando vê moça bonita

faiz gaiola sem pontero:

balanceio.


eu canto de quarquer manera

ao ciranda, ciranda, cirandão

pois vamos dá meia vorta,

meia vorta vô dá

vorta e meia,

continua o mesmo par.


Sete anos andei embarcado

no batalhão da Gurita,

também eu sô comandante

de toda moça bonita.

balanceio, 

com tanta laço de fita

a cirandinha digero avança

café, biscoito tem mais

balanceio,

dexa da mão, Binidita. 


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