Cacho de banana no meu quintal (Arquivo JRS) |
Parece que foi ontem que uma
conhecida, daqui mesmo de Ubatuba, ao chegar da Argentina, onde cursava alguma
especialidade na área de Pedagogia, foi logo dizendo que a imagem do nosso país
estava muito ruim na nação vizinha por conta do governante atual [que,
merecidamente, poderia ser chamado de desgovernante]. Eu escutei e acrescentei em pensamentos:
“Não é só lá que a condição é essa. No
mundo inteiro, onde os princípios civilizatórios predominam, nós estamos mal
falados. O que vivemos agora, sob este governo, é uma crise civilizatória. Mas
eu não me esquecerei nunca que você, pretensamente bem instruída, votou neste
homem, neste monstro de esgoto que está no governo agora. Você fez a sua
escolha para ele ser o líder máximo da
Pátria”. Exclamariam os Galãs Feios: “Você votou no Excrementíssimo!”. Dos outros que estavam na roda de conversa, eu
sabia de mais gente que participou do mesmo ato de pouca inteligência e de
muita maldade.
Hoje, refletindo sobre o descaso
do presidente do Brasil pela ciência, impedindo a continuidade da pesquisa da
vacina contra a epidemia do momento porque tem a participação da China, penso
na dor, no fenômeno da dor. Muitos que não estão sentindo dor pela perda de
pessoas queridas, de gente como nós, será que percebem a felicidade que é de
não sentir dor? Rubem Alves escreveu: “das grandes invenções da ciência, eu acho
que a mais maravilhosa de todas foi o domínio da dor”.
À referida conhecida e demais
congêneres que apoiaram ou apoiam posições reacionárias, recomendo: reflitam mais,
sobretudo nos momentos de dor, quando anseiam por remédios eficazes. Saibam que
eles (médicos, remédios, aparelhos etc.) são os saberes da ciência. Então, que “lógica
inteligente” é essa de escolher líderes declaradamente contra a ciência e contra
a democratização dos bens para todos? “Ah,
mardita! Você também foi criada com peixe e farinha como eu!”
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