Viva o reencontro com a literatura! Viva Paraty! |
Há
alguns dias passados aconteceu uma sequência de reencontros interessantes:
primeiro, no terminal rodoviário, foi com o Eliziário, filho do Dito Moji, do
Ubatumirim; depois, no ônibus, quando percebi, o camarada ao lado era o
Cláudio, do João Paulista, filho do Sertão do Puruba. Finalmente, também no
coletivo, num dos retornos do Saco da Ribeira, me deparo com o Vicente Preto,
colega desde a infância no Perequê-mirim. Adivinhe qual o assunto puxado pelos
três e embalado por mim? Isso mesmo! Falamos dos muitos momentos gostosos que
vivemos, de um tempo que parecia ser tudo mais simples, quando todos se
conheciam, se divertiam num espaço mais puro e conservado.
Logicamente
que não poderia faltar histórias de pescadores, assim como das peixadas que
regularmente aconteciam. Meu pai era um mestre nisso. Era assim: depois de uma pescaria farta, os
companheiros reservavam alguns dos mais graúdos e saborosos, tais como a garoupa e robalo,
para um escaldado. Outros, em especial o carapau e a tainha, eram destinados à
brasa. Não faltavam nessas ocasiões a caipirinha e a cerveja. Quem era abstêmio
ficava se deliciando em guaraná, grapete e crush.
Era
uma refeição entre amigos que se prolongava por horas de muitas histórias e
risadas. Depois, cada um tomava o seu rumo para a sagrada dormida (que era e
ainda é inevitável após uma refeição prazerosa). Em questão de semana o mesmo
pessoal já estava em combinação para outros momentos pós-pescarias.
Esses
momentos, agora, lembram o banquete grego, onde as pessoas, conforme iam
degustando as iguarias, proseavam/passeavam por todos os assuntos. Depois, agora se referindo ao meu tempo, vinha
o sono que era o recheio de tudo, o arremate com “chave de ouro” da amizade que
até hoje permite os revigorantes reencontros.
Hoje,
na casa do Jorge e da Joana, queridos amigos que optaram por Ubatuba, teremos um
ritual semelhante, mas o prato de convergência será o acarajé. Que venham os
agradáveis reencontros!
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