Coco azedo (Arquivo JRS) |
As vargens são espaços que passam boa parte do ano alagadas, tendo suas lagoas que nunca desaparecem, sendo ocupada por animais e plantas bem específicas. Hoje, não é fácil divisar uma vargem no nosso nosso litoral. Foram ou serão aterradas para empreendimentos imobiliárias. Cágados, saracuras, mão pelada (guaxinim) e tantos outros seres nem se veem mais na quantidade de antes. Ou deixaram de existir! Caxetas, orquídeas, tucum era demais nesses espaços. Na verdade, a maioria da geração atual, essa moçada sadia, talvez tenha conhecimento de um monte de coisas apenas na telinha de algum aparelho eletrônico (televisão, computador, celular). Que pena! Comentarei agora a respeito do tucum, uma espécie de palmeira baixa que nos alimentava com seus cocos azedos num período do ano. Era abundante nas áreas encharcadas, mas também pontuavam em touceiras pelos morros, junto com coco-baga, outra raridade.
A casca dos frutos do tucunzeiro são azedos mesmo, do tipo de deixar dentes amortecidos! Depois de maduros, eles ficam doces e assumem um tom roxo, próximo do das jabuticabas. Lindos! Só que se tornam duríssimos. É preciso dar uma cozinhada para poder quebrar a castanha e se aproveitar do miolo. Assim se procedia para poder comer o coco nessa etapa: depois de separado das castanhas, as amêndoas seguiam para o pilão onde eram socadas e misturadas com farinha de mandioca. Pronto! Estava preparada a farofa de coco para tomar com café. O mesmo processo tinha de acontecer com outros cocos (indaiá, pindoba, brejaúba que passou do ponto...).
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