quarta-feira, 1 de agosto de 2012

MARDITA!


Manoel Rômulo explica o seu empreendimento.
Presentes do Antônio


                Muitos já sabem que não é nova a nossa tradição caiçara na produção de cachaça. Alguns documentos atestam mais de 25 engenhos no final do século XVIII. Para quem conhece a geografia do município de Ubatuba (SP- Brasil), não acredita que, em pontos tão reduzidos, os produtores se estabeleciam. Um exemplo é o Canto do Recife, na praia da Fortaleza.

                O meu tio Chico, falecido há mais duas décadas, chamava a cachaça de “mardita”. Nós, continuamos essa tradição. Difícil é achar alguém da minha terra que não goste de uma boa “mardita”.

                Na minha infância os tempos eram outros: os engenhos minguaram. Somente a Ubatubana fazia sucesso. Que mardita cheirosa! Só que não conseguiu competir com a produção industrial.

                Próxima de nós, na vizinha São Luiz do Paraitinga, o caridoso Manoel Rômulo Cembranelli, primo do nosso querido professor Hércules, mantêm a Cachaçaria Matodentro. Passa lá!

                Ontem, recebi um presente do amigo Antônio: cachaça da sua terra, lá do interior (Mirassol). Que presente! Os mais antigos diriam:
                "Isso é que é afago bom!"

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