Manoel Rômulo explica o seu empreendimento. |
Muitos
já sabem que não é nova a nossa tradição caiçara na produção de cachaça. Alguns
documentos atestam mais de 25 engenhos no final do século XVIII. Para quem
conhece a geografia do município de Ubatuba (SP- Brasil), não acredita que, em
pontos tão reduzidos, os produtores se estabeleciam. Um exemplo é o Canto do
Recife, na praia da Fortaleza.
O
meu tio Chico, falecido há mais duas décadas, chamava a cachaça de “mardita”.
Nós, continuamos essa tradição. Difícil é achar alguém da minha terra que não
goste de uma boa “mardita”.
Na
minha infância os tempos eram outros: os engenhos minguaram. Somente a
Ubatubana fazia sucesso. Que mardita cheirosa! Só que não conseguiu competir
com a produção industrial.
Próxima
de nós, na vizinha São Luiz do Paraitinga, o caridoso Manoel Rômulo Cembranelli, primo
do nosso querido professor Hércules, mantêm a Cachaçaria Matodentro. Passa lá!
Ontem,
recebi um presente do amigo Antônio: cachaça da sua terra, lá do interior
(Mirassol). Que presente! Os mais antigos diriam:
"Isso é que é afago bom!"
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