Na
década de 1970, bem no comecinho, parece que a nossa terra (Ubatuba) passou a
figurar nos guias turísticos intergalácticos. O que me leva a esta afirmação
foram os diversos fenômenos observados em diferentes pontos do nosso município.
Eu mesmo, em 1971, estando na casa dos meus avós, na praia da Fortaleza, um pouco
depois do anoitecer, fui chamado por tio João para ver algo no céu. Era uma
coisa redonda iluminada, meio que alaranjada.
Sem nenhum barulho se deslocava devagar, sem pressa alguma. Muito bonita!
Parecia uma lua bem pertinho da gente. Do jeito que veio foi-se embora, sem
causar nada em nada e nem em ninguém. Mais gente também viu. Nos dias seguintes era
o assunto das prosas. Parece que muitos sentiram medo. Mais tarde ficamos
sabendo, através do rádio, desses papos de disco voadores, de seres
extraterrestres e coisa e tal.
Olhando
o céu em noite estrelada, com luzes fortes, mas também com luzinhas que parecem
fazer um grande esforço a fim de darem sinais de existência, eu acredito na
existência de outros planetas ocupados por viventes. E, assim como nós, eles
também podem estar passeando entre os luzeiros. Vai que alguns deles, atraídos
pelos vagalumes que abundavam a Mata Atlântica, quiseram nos apreciar mais de
perto. Esta era a tese do Eugênio Inocêncio, um caiçara da ilha do Mar Virado. Ele, que se criou na ilha da Vitória, ou seja, que nestes espaços tinham uma visão privilegiada do céu, dizia que luzes assim era comum, "sempre vi em toda vida".
O
que escrevo agora aconteceu com a filha do Florindo, na mesma época de tantas
observações diferentes no nosso céu. Assim ela me contou:
“Na
década de 1970 eu trabalhava no Itaguá. De onde era a minha casa até o local do
trabalho eu andava quase dois quilômetros.
Numa
manhã, por volta das cinco horas da manhã, eu ia caminhando pela Rua Taubaté,
quando de repente desceu algo do céu. Era enorme e muito estranho. Um tipo de
luz o iluminava. Era redondo, assim como um disco voador.
Eu
senti muito medo, mas alguma coisa mais forte do que eu me deu forças para correr.
Enquanto eu corria, olhava para trás e vi que aquilo estava bem próximo de mim,
quase me alcançando. Aí corri mais ainda, fiz uma curva para chegar à casa da
minha amiga perto dali, na Rua Benedita Santos. Comecei a gritar.
Para
a minha sorte, a casa da minha amiga não tinha portão. Bati na porta
desesperada. Logo abriram. Então a coisa estranha sumiu de repente.
Ainda
hoje me pergunto: O que seria aquilo? Só sei que muitos não acreditaram no que
falei”.
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