Basta pouca coisa para avistar um sanhaço nas goiabas (Foto: Júlio) |
Como
é bom ter sempre mais uma oportunidade para rever os amigos, visitar outros
lugares, sentir mais de perto as coisas da terra! Foi o que eu vivi ontem, na
área rural onde moram a Cristina e o Roberto, nossos
amigos que migraram de Ubatuba para Natividade da Serra, um dos municípios
vizinhos.
Na
casa deles, me embebedando de natureza preservada, depois de uma deliciosa
refeição, fiquei pensando nas pessoas
que, dentro dos contratempos, continuam nos oferecendo muito, através da
cultura popular, em cujo mês de agosto recebe uma dedicatória especial. O meu amigo Júlio está nesse rol.
De
uma rede estrategicamente armada próxima de um alimentador de pássaros, eu me
pus a contemplar, a refletir, a pensar nos meus mais próximos e nos que estão
um pouquinho mais longe. Recordei-me de uma poesia do Júlio Mendes que diz de coisas
refletidas a partir da proa da canoa rompendo o mar. Ao chegar em casa, depois
de receber um telefonema do mesmo para tratar de assunto do Museu caiçara, fui
procurar a tal poesia. Portanto, para deleite de mais pessoas, apresento...
É da proa da minha canoa.
É da proa de minha canoa
Que eu vejo o céu e o mar
Vejo serra e linha de praia
Tudo a emoldurar
O meu lugar de morar.
É da proa de minha canoa
Que eu vejo o misturar
De azuis, de verdes e brancos
De céus, de matas e nuvens
Que envolvem tão belo lugar.
É da proa de minha canoa
Que o vento sopra o olhar
Que ondas balançam o pensar
Que mareiam em cantos sonantes
De sereias, de guetes, de anjos.
É da proa de minha canoa...
(Fonte: O
Guaruçá)
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