Oratório luizense, tal como o da tia Aninha, do tio Maneco Armiro. |
Nem
sei se é da mesma Aninha que o Pedro descreve, mas isso não é problema. Afinal,
a tia Aninha da minha vida tinha todas as características da dona Aninha da
poesia. Quantas mãos pacientes e habilidosas também me encantaram por todos os
cantos deste chão caiçara!
Com formas de flores e folhas
Urdidas pelas mãos pacientes de fada
Da velhinha dona Aninha
Ali está singelamente posta
A repousar simplicidade a enfeitar a fé
Na mesinha pobrinha e antiga
Que sustenta o oratório e a devoção
De onde olhar doce de S. Benedito
Contempla a sala de chão batido
(cachorro dormindo num canto)
Da casa de pau-a-pique
Saída de mãos analfabetas calejadas
Da família caiçara
A toalhinha branca
Engomada
Pousa requinte de dignidade.
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