Eis uma das minhas contribuições às crianças: o trenzinho de 1986. |
“No último domingo, dia 15 de abril, elas se
despediram da nossa cidade, da comunidade católica da região da Estufa. Os
fiéis sentiram muito, mas a missão delas aqui chegou ao fim. Quem aprendeu com
elas também as manterá na memória, terá saudades de suas ações e reflexões”.
Está reconhecendo o texto? Trata-se de uma postagem do mês passado, quando nos
despedimos das Irmãs Franciscanas Missionárias de Assis, as colaboradoras da
obra de saudoso frei Pio, na Creche Francisquinho (Estufa I). Hoje,
excepcionalmente, quero fazer uma correção. Quem me alertou a respeito foi a
Marselhe que, juntamente com o Rodrigo, está na direção da referida creche.
Pelo que entendi, via telefone, os trabalhos continuam dependendo das doações
das “almas caridosas” em nossa realidade. Ou seja, a participação da prefeitura
é mínima.
Do ponto de vista da cidadania, eu
já questionava a obra assistencialista desde o tempo do frei. Nunca acreditei
que o assistencialismo contribuísse com a cidadania. Isso de aliviar a omissão
dos governantes é coisa da religião. Mas... se a consciência está precisando
ser aliviada, apoie o assistencialismo e não mexa na (des) ordem política. Note
bem: só não use esse recurso para se afastar da solidariedade real.
Por que insisto nisso? Por uma
constatação muito óbvia: se o assistencialismo seguisse um caminho de
conscientização, depois de tantos anos e de tantas famílias atendidas, se cada pessoa
que passou por ali doasse por mês um quilo de alimento ou uma hora de serviço,
a fartura transbordaria. Porém, não é isso o que se verifica. Nunca ouvi falar
de alguém beneficiada pela Creche Francisquinho que continuou demonstrando um
agradecimento real, solidário pelo desafio e pela função que ela representa na
sociedade ubatubense. Será que não foi essa indiferença um dos fatores levar as
religiosas a novos rumos?
É só!
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