sábado, 2 de janeiro de 2021

ROTEIRO DO TIO ZACARIAS

O saudoso tio Zacarias (Arquivo Kilza Setti)


    Vista do morro (Arquivo Gal)


Minino, botais reparo

lá do arto do morro:

numa direção avistais o Puruba,

a preia do Arto é embaixo; 

Ilha do Prumirim é aquela que aboia,

olhando no largo, pra fora.


Passais adonde é o Orlando;

tomais um café,

escutais causo de tudo.

Do terreiro dele se enxerga o asfarto.

Na acolhida que consola,

atentais ao som da viola.


Vindo de lá pra cá,

deixando o morro cortado,

já estais na Itamambuca, do Tiago do violino,

com gente estorando pedra.

É moda granito verde agora;

de lasca cortante, que esfola.


Vóis, chegando na cidade,

pela ponte  do Prequêaçu,

passais na barra e se ajunte comigo

no armazém do Bananinha.

Um saco de compra, nessa hora,

a gente embarca e segue embora.


A condução sai dali,

adespois da esquina do Macié.

Vai num assobe e desce até Caraguá,

mas a gente paga até a preia Dura.

Segue caminho do Corcovado, na sola.

Indo toda vida... Enfim, o lar que me revigora.



 

 

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