quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

O EQUILÍBRIO DO MUNDO DEPENDE DE NÓS

Passarinhos no quintal (Arquivo JRS)


  Eu gosto do mato. Os passarinhos mais ainda! Fazem festas ao primeiro sinal do dia clareando, sobretudo quando já encontram alimento pelo quintal. Da varanda fico observando suas cores, seus piados e disputas. O cachorro, agora bem velho, já nem liga mais para eles. 

     Pelos galhos há ninhos diversos: de rolinha, de sabiá, de bico-de-lacre, de bem-te-vi... Sempre preciso adiar alguma poda porque há ovos ou filhotes que estão ocupando ninhos. Uma ou outro arbusto, semeados por eles mesmos, deixei crescer porque são fruteiras vindas da Mata  Atlântica. 

   Muitas mudas nascem no nosso quintal, mas não podem ficar devido ao tamanho (10 m x 10 m). O jeito é colocar em saquinhos ou caixinhas e doar a alguém ou plantar pelos caminhos. Até em outros municípios têm plantas, árvores grandes, originárias do nosso lote, do pedaço que restou após a construção da casa. 

     O chão é fértil porque tudo é enterrado nele (folhas, galhos, restos da cozinha etc.).  Qualquer escavação revela o paraíso das minhocas. Não me faltam mudas para doar. Se cada um fizer a sua parte, podemos reverter um desequilíbrio, evitar catástrofes e doenças.

    De onde surgem as pandemias? De desequilíbrio ecológico! Seres são desalojados de seus ambientes; tudo vira pasto ou monocultura em enormes áreas. Rios e solos são poluídos. Pesticidas chegam pelo ar. Onde irão viver os seres que antes estavam nas florestas, serviam de alimentos aos peixes ou estavam em simbiose com os bichos do mato? A tendência é se alojar em outros lugares, em outros corpos. O que importa é viver.

     Comecei escrevendo este porque imagino meus leitores neste meu perfil. Ao menos os que conheço são assim, pensam e agem em favor da natureza, das belezas que nos circundam. Acredito que você também esteja fazendo a sua parte. Parabéns!

   Agora, se me dá licença, vou espiar um canário-da-terra que saracoteia maviosamente em cima do muro e renova de vez em quando suas ninhadas na enorme palmeira jarobá (da idade do meu filho!), ao abrigo das enormes folhas.

      

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