Ponte na boca da barra dos pescadores (Arquivo JRS) |
Faz tempo, mas parece que aconteceu ontem. Paulo Verzoline, falecido jovem ainda num mergulho na Ilha Anchieta, amigo desde a quinta série ginasial, vez ou outra me procurava para uma prosa. Em uma ocasião, estando para receber um visitante da França, me perguntou a respeito de hospedagem. Imagine se eu entendia disso!?! Porém, dei meus palpites. Era bem falado o Solar das Águas Cantantes, mas ficava na Sununga, longe do centro da cidade. O pai do Curtinho, que também estudou na escola Deolindo, era o proprietário. De verdade, por andar por ali fazendo trabalhos escolares, eu conhecia o Newton's. Era bom e tinha aquela bela visão da baía da Enseada. Também não era perto, considerando que o visitante era um jornalista e estava vindo para fazer uma matéria, em abril, a partir do X Campeonato Paulista de Surf. Era o ano de 1980. Por fim, depois de muitos prós e contras, decidimos pelo hotel Jangadeiro, no Perequê-açu. Deu tudo certo. Claude Groveau se hospedou lá por uma semana e nos agradeceu muito. Na despedida dele, eu que frequentava a casa da Marília, depois transformado no restaurante Beira Rio, o recomendei ao Paulo. Sua localização: na beira do rio, na Barra da Lagoa, de onde a vista era linda; um mangue maravilhoso, com peixes pulando a todo instante. Pela grama sempre se via os guaiamus passeando tranquilamente.
Era final de tarde quando chegamos no restaurante. Logo avistei o Irson que vinha de pescar. Não pensei duas vezes: chamei-o para uma conversa com o nosso visitante que logo se encantou. Disso resultou, uma ano depois, o retorno do Claude para uma série de artigos a respeito dos caiçaras de Ubatuba. Eu cheguei a ler o que foi produzido. Paulinho tinha tudo bem guardado. Quem mais terá?
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