Dia horrível este. A companheira, a minha Gal está doente. Todos os sintomas levam a crer que, pela segunda vez, ela contraiu dengue. Daí o motivo que, em todas as oportunidades cobro das pessoas, principalmente das autoridades que se sustentam com nossos impostos, que não cessem de fazer a sua parte.
Eu faço a minha parte! E continuo não aceitando o que para alguns é normal (carros abandonados na mata ciliar e em terrenos baldios, sucatas a céu aberto, lixos por todo lugar, áreas públicas parecendo “terra de ninguém” etc.).
Na lista para perícia médica municipal são muitos os causos. O principal foco está no centro da cidade, onde, teoricamente, moram os mais próximos de recursos e de informações.
Hoje, na Santa Casa, muitos apresentavam os mesmos sintomas da minha esposa. Outro tanto estava com conjuntivite. Ainda bem que, há muito tempo, a Irmandade do Senhor dos Passos pensou na Santa Casa, o nosso único hospital até hoje. “Aos pobres desvalidos”, diziam orgulhosamente os irmãos (católicos), “há Santa Casa”.
A Santa Casa da Irmandade do Senhor dos Passos foi decisiva na elevação da vila à categoria de cidade, em 1º de abril de 1851, conforme atesta o documento da Assembleia Legislativa Provincial. Ou seja, faz parte dos requisitos para ser cidade: ter cemitério (isso é fácil!), cadeia pública (também não dá trabalho!) e hospital (o que é difícil!). Mais difícil ainda é mantê-lo funcionando satisfatoriamente nos padrões de atendimento, de higiene e de tecnologia. Bom seria se os gestores de todos os tempos, nunca se omitissem em zelar pela vida dos que nesta cidade vivem (ou tentam viver). Hoje eu vi enfermeiras se desdobrando para atender um mundaréu de gente. Uma delas assim expressou a sua angústia: “Eu não importo em atender tanta gente. O que me preocupa é se eles, sofrendo assim, conseguem esperar chegar a vez”.
1º de abril de 1851: nasceu a cidade de Santa Cruz de Ubatuba. Hoje, século XXI, somente Ubatuba. Ainda bem que a Santa Cruz já não pesa em nossos ombros! Quando, sobre os meus ombros, uma das minhas “crianças” leu este parágrafo, completou:
- É mesmo, pai! Mas será que desaparecer do nome significa sumir de nossas vidas?
Melhoras para a Gláucia! O jeito é rezar, afinal só apelando para Ele nessas horas, pois depender de nosso sistema de saúde ....hum!!! Está difícil.
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