Praia e mar em cerração - Arquivo JRS |
Dizem que, por causa do mar, parte de nós enquanto moradores do litoral, estamos menos sujeitos a tantas doenças nervosas. Concordo! Afinal, quem pode achar normal toda uma vida num ambiente infernal das grandes cidades, dos seus barulhos e poluição atmosférica? Quem é normal achando normal paisagens degradantes e vidas degradadas?
É por isso que, a cada oportunidade, as pessoas fogem dos centros urbanos em busca de outros ares. Vão para o campo, na convivência rural, ou procuram o litoral, o ambiente das praias. Depois... vivem a angústia... de voltarem ao cotidiano. Imagino a situação como a imagem de uma nuvem pesada pairando sobre essa gente. Entretanto, muitos dentre essa multidão dirão sem pestanejar que caiçara é preguiçoso, estraga tudo, não valoriza o que tem etc. Isto mesmo! Esses moradores, esses nativos que preservaram o ambiente atraente à multidões, são desmerecidos por muitos. Mas saiba de uma coisa: se os habitantes do litoral cultivassem a mesma sanha dos que vivem nos centros urbanos industrializados, essa natureza exuberante que se compõem com o mar já não existiria mais. Portanto, há uma contradição quando se fala mal dos nativos, mas se vive a cobiçar o ambiente deles. É esse espírito perante a vida que nos garante essas maravilhas da natureza próxima do mar. Ou seja, um espírito diverso desse é uma mentalidade tão fraca que nem é capaz de enxergar a própria incoerência. Como vai se acabar? Um ditado nosso responde: "Vai morrer mordendo o próprio rabo".
Um aviso ao visitante: o mar que você vê pode não ser o mar que a nossa gente enxerga. O seu deslumbramento pode estar muito aquém do nosso respeito e integração com ele. Portanto, na próxima oportunidade diante do mar, reflita sobre a cultura caiçara que oferece a todos esse paraíso. E se recomponha em seus conceitos para não alimentar preconceitos que se virarão contra si mesmo, capaz de deixá-lo eternamente aos cambotes.
Seminino José Ronaldo disse tudo 3 não ficou prosa.
ResponderExcluirAbraços querido Amigo.
Gratidão ao Pedro, o caiçara.
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