Carcará na sombra (Arquivo JRS) |
O tempo esfriou. Agora é correr para agasalhar o pinto e tomar cuidado com o gavião. Assim está na poesia não escrita do mano Mingo
No tempo em que lá em casa
Não se escrevia,
Mas se praticava poesia,
Vovó costurou na flanela
Uma blusinha para o franguinho
Doentio transido de frio.
Foi o tempo de repô-lo no quintal
E o gavião catar o bichinho,
Mas ficou só com a flanela
E deixou na Terra um escarcéu
De pinto que pia
De neto que berra
De avó que se ria.
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