segunda-feira, 6 de maio de 2013

SABE AQUELAS PONTES?

Foto: Olha ai , uma foto que mostra a nossa famoso Serra do Mar...A caminho de Taubaté, assim era a Rodovia Ubatuba - Taubaté, claro que eu não sei quem está no carro, nem o ano da foto eu sei, tentei descobrir, mas fica no ar...E você saberia dizer de que ano é esta foto ?....
Rodovia Oswaldo Cruz; serra de Ubatuba: reforma do início da década de 1970

               
Uma das pontes do Nenê Teodoro- Bairro Pé-da-Serra (Arquivo JRS)

               O amigo Dito Chieus, mesmo após de ter se aposentado da Estação Experimental do Horto Florestal, depois de décadas fazendo os registros diários das condições atmosféricas da nossa área, continua nas suas cercanias, com moradia e produção de mudas, principalmente de palmiteiros, na margem da Cachoeira dos Macacos. Conforme eu já disse noutra ocasião, ele é um dos descendentes dos fabricantes da pinga Ubatubana, cuja sede era na Fazenda Velha, no caminho do Monte Valério.


                O Dito é muito bom de prosa! Hoje, depois de publicar uma imagem da serra por ocasião de reforma no começo da década de 1970, resolvi escrever a sua contribuição a respeito das pontes  antigas da Rodovia Oswaldo Cruz, já no Pé-da-Serra. A foto inicial certamente ajudará na recordação de muitos. Os demais passarão a reparar de agora em diante. Assim espero!

                “Sabe aquelas pontes, Zé? Elas não foram as primeiras, mas já têm mais de cinquenta anos. As primeiras, de 1930, eram planas e tinham o inconveniente de, em tempos de chuvas fortes, serem alcançadas por ‘jangadas de árvores’ que a correnteza trazia. Corria até o risco de serem arrancadas. Prevendo isso, um funcionário do D.E.R (Departamento de Estrada de Rodagem), de Taubaté, chamado de Nenê Teodoro, projetou as pontes em arco. São as que foram poupadas pelas várias reformas e ainda permanecem ali, nos permitindo histórias e memórias. O irmão dele mora no Ipiranguinha, perto daqui”.

                Mais coisas eu escutei do tranquilo homem. O que eu pude comentar foi o seguinte:

                “Pode ser que, em alguma ocasião do processo civilizatório do nosso município, surja uma equipe de governo decente, que considere importante o turismo cultural. Nessa ocasião futura, o guia turístico deve encerrar a sua fala com o mesmo destaque feito pelo Dito:

                “O Nenê Teodoro não era engenheiro, nem arquiteto! Era só um homem que enxergava bem o problema e deu a melhor solução naquele momento. O serviço foi bem feito. Prova disso é que as pontes continuam firmes sobre a cachoeira”.

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