Não era mais bonito sem as construções ameaçando o rio? (Arquivo A/I) |
Hoje, quem passa na zona da Barra dos
Pescadores, no centro de Ubatuba, quase nem repara que ali tem uma ponte, ou
melhor, duas pontes. Passando pela Ilha dos Pescadores, elas já foram um grande
passo na interligação com a bairro do Perequê-açu. De acordo com a Idalina
Graça, as preciosidades, anterior ao concreto e metal imperceptíveis, marcaram
o progresso da cidadezinha que acolhia os primeiros turistas a chegar pela
rodovia Oswaldo Cruz. Era a década de 1940.
"No
dia seguinte amanheceu chovendo, e, como não me era possível ir à praia em
busca de pescado fresco, fui ao frigorífico, nesse tempo funcionando onde
atualmente está o D.E.R. Da ponte avistei o Dr. Felix Guisard, proprietário do
sobradão de Baltazar Fortes, parado à porta principal e em animada palestra com
um senhor decentemente trajado, que olhava com viva curiosidade todos os que
dali se aproximavam. Acostumada a ver poucos turistas na cidade, fiz um
demorado exame do forasteiro. Achei-o bem simpático. Comprei o pescado e,
ao sair, notei que ele me acompanhava
com olhar. – “Deve ser por causa das
vestes masculinas que eu uso”, imaginei, para logo depois, absorvida pelo trabalho,
esquecê-lo completamente.
Por
este tempo estavam construindo a ponte principal que liga a cidade à praia do
Perequê-açu – “Com certeza é um dos engenheiros”.
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